Taxa de rejeição: o que é e como melhorar

Uma taxa de rejeição elevada é o pesadelo de qualquer gestor digital e prejudica o posicionamento de um site nos motores de pesquisa. Descubra como algumas marcas conseguiram controlar a sua taxa de rejeição.

Imagine o seguinte: um utilizador entra no seu site, dá uma vista de olhos e sai imediatamente, sem explorar mais nada. Taxas de rejeição elevadas refletem exatamente isto: a percentagem de visitantes que abandonam o site depois de verem apenas uma página. Compreender e agir sobre esta métrica é fundamental para qualquer responsável por um site que queira captar e manter a atenção da sua audiência. Vamos aprofundar este indicador e perceber como pode afetar a sua presença online.

O que é, afinal, a taxa de rejeição?

Por definição, a taxa de rejeição é a percentagem de visitas em que uma pessoa abandona o site sem continuar a navegação.

Uma taxa de rejeição alta significa que a duração da sessão foi curta; o utilizador entrou numa página do site e saiu. Uma taxa de rejeição baixa indica que os visitantes passam mais tempo na página e clicam em outros links. Se um utilizador clicar para ler um artigo no blog, mas sair sem visitar mais nenhuma página, isso conta como uma rejeição. Se nove em cada dez pessoas fizerem o mesmo, a sua taxa de rejeição é de 90%. Esta métrica é uma forma do Google avaliar se o conteúdo de um site é ou não relevante para quem o visita.

Além disso, uma taxa de rejeição alta provavelmente indica que a página não está alinhada com as expectativas do público. Neste contexto, uma taxa entre 56% e 70% é considerada elevada — embora possa haver razões válidas para isso —, e entre 41% e 55% é vista como uma taxa média. O intervalo ideal situa-se entre os 26% e os 40%. Estes valores de referência variam também consoante o objetivo da página: páginas de geração de leads tendem a ter taxas mais baixas, enquanto blogs têm normalmente as mais elevadas.

Pode verificar facilmente a taxa de rejeição de uma página através do Google Analytics, que também mostra a duração média da visita, o número de visualizações da página e o número total de visitantes únicos.

Se o conteúdo for suficientemente bom e bem estruturado, e se o público-alvo for o certo para o seu negócio, problema resolvido. Taxas de rejeição elevadas deixam de ser uma preocupação. É assim que algumas marcas o conseguiram.

Porque é que a taxa de rejeição é importante?

As taxas de rejeição mostram quantos utilizadores visitam o seu site e saem de imediato. São importantes porque revelam quantas oportunidades está a perder. Taxas de rejeição elevadas podem indicar que o seu site não está a corresponder às expectativas do público — pode estar a demorar demasiado tempo a carregar, o conteúdo pode não ser apelativo ou a estratégia de SEO e palavras-chave pode não estar ajustada aos visitantes. Quanto mais baixa a taxa de rejeição, maior a probabilidade de os utilizadores partilharem ou até efetuarem uma compra. Indica que as pessoas estão a encontrar o que procuram. Compreender as taxas de rejeição ajuda a melhorar o seu site — tornando-o mais apelativo, para que os visitantes tenham vontade de ficar e explorar.

Como calcular a taxa de rejeição

A taxa de rejeição é a percentagem de visitantes que acede apenas a uma página do seu site e sai sem qualquer outra interação. A fórmula é a seguinte:

Taxa de rejeição = (Número total de sessões de uma página) / (Número total de sessões) x 100

Suponhamos que teve 1.000 sessões no mês passado e 300 dessas sessões foram de apenas uma página.

Taxa de rejeição = (300 / 1.000) x 100 = 30%

Uma taxa de rejeição de 30% significa que 30% dos visitantes abandonaram o site após verem apenas uma página. Taxas de rejeição mais baixas indicam maior envolvimento, enquanto taxas mais altas podem sugerir que os visitantes não estão a encontrar o que procuram. Para recolher os dados, vai precisar de aceder à ferramenta de análise do seu site, como o Google Analytics.

Como melhorar a taxa de rejeição?

Se o conteúdo for suficientemente bom e bem estruturado, e se o público-alvo for o certo para o seu negócio, problema resolvido. Taxas de rejeição elevadas deixam de ser uma preocupação. É assim que algumas marcas o conseguiram.

Melhorar a velocidade da página

A velocidade é um fator de classificação da Google tanto para desktop como para mobile. Em muitos sites, grandes oportunidades de conversão perdem-se todos os dias por causa desta métrica. Cerca de metade das vezes, um visitante sai se a página demorar mais de 3 segundos a carregar. Pode analisar métricas centradas no utilizador em ferramentas como o PageSpeed Insights ou o Lighthouse.

Melhorar a navegação do site

Melhorar a navegação do site ajuda os utilizadores a orientarem-se com facilidade. Eis o que pode fazer:

  • Simplificar a estrutura do menu. Mantenha-a simples e intuitiva, organizando as páginas em categorias lógicas. Demasiadas opções podem confundir os visitantes, por isso privilegie a clareza em vez do excesso.

  • Criar rótulos descritivos. Evite nomes criativos difíceis de interpretar. Existe uma razão para muitas páginas usarem rótulos padrão como "Produtos", "Serviços", "Preçário" ou "Casos de estudo" — os utilizadores esperam encontrá-los e sabem o que significam.

  • Usar a funcionalidade de pesquisa. Por vezes, os visitantes sabem exatamente o que procuram e querem apenas digitá-lo. Inclua uma barra de pesquisa visível no design, para que possam encontrar rapidamente conteúdos específicos sem ter de navegar por menus.

  • Não se esqueça de implementar breadcrumbs. Estes mostram aos visitantes onde se encontram dentro do site. Ajudam-nos a recuar se se perderem e fornecem contexto à sua navegação.

Melhorar a experiência do utilizador (UX)

Coloque-se no lugar dos seus visitantes e pergunte: "Este site é agradável de usar?" Simplifique a experiência ao eliminar elementos desnecessários, garantir que é responsivo em mobile e tornar mais simples o processo de checkout (em sites de e-commerce). Além disso:

  • Otimizar formulários e campos. Podem ser um ponto de fricção, por isso devem ser acolhedores e fáceis de preencher. Reduza o número de campos, peça apenas a informação essencial e forneça instruções claras. Ninguém gosta de preencher formulários intermináveis.

  • Garantir acessibilidade. Não é apenas um requisito técnico, é parte essencial de um bom UX. Assegure que o seu site é acessível a todos os utilizadores, incluindo pessoas com deficiência. Use texto alternativo descritivo para imagens, permita a navegação por teclado e cumpra as normas de acessibilidade como o WCAG.

  • Usar microinterações. São pequenas surpresas ao longo do site que adicionam personalidade e tornam a experiência mais agradável. Seja uma animação subtil ou um efeito ao passar o rato, ajudam a tornar a navegação mais envolvente.

Chamadas à ação impossíveis de ignorar

Uma chamada à ação (CTA) inteligente não é o mesmo que um título sensacionalista. A forma mais simples de melhorar uma CTA é incluir a palavra-chave com melhor desempenho (que pode verificar no Google Search Console) do seu negócio. Se, por exemplo, uma marca vende manuais escolares e “manuais escolares” é a palavra-chave com melhor ranking, será mais eficaz usar “Quero os meus manuais escolares” na CTA do que opções como “Adicionar ao carrinho”.

Escrita em pirâmide invertida

O estilo de escrita em pirâmide invertida começou em 1845, depois de Samuel Morse — pintor de retratos — ter inventado o telégrafo. É mais comum no jornalismo, como forma de partilhar rapidamente uma história e garantir que os leitores recebem primeiro a informação mais importante.

A pirâmide invertida funciona assim:

  1. O Lead é onde está a informação mais importante. Isto significa o quê? Onde? Quando? Como? Tudo em menos de 30 palavras e, idealmente, com uma citação provocadora ou pergunta.

  2. O Corpo é o espaço para desenvolver os argumentos, incluir detalhes, citações, fotografias e vídeos.

  3. A Cauda é usada para pormenores adicionais, como itens relacionados, contexto extra, colunas de opinião ou editoriais.

Redatores de conteúdos digitais experientes sabem que, para manter o leitor envolvido ao longo da página ou artigo de blog, esta estrutura precisa de ser enriquecida com elementos apelativos — desde informações destacadas a pequenos “suspenses” que tornam irresistível a leitura da próxima secção.

Traduzir o site para o tráfego internacional

Se uma grande percentagem dos seus atuais clientes vêm de países onde o inglês não é amplamente falado, as taxas de rejeição elevadas podem ter uma explicação simples. A maioria dos utilizadores simplesmente interage menos com páginas escritas numa língua que não dominam. Uma página estrangeira transmite, geralmente, uma sensação de distância ou de falta de acolhimento. Comece por traduzir os conteúdos com base nos países que mais visitam o seu site.

Criar páginas 404 personalizadas

Uma página 404 é o que aparece quando o utilizador tenta aceder a uma página inexistente no seu site. Pode acontecer se clicar num link inválido, a página tiver sido eliminada ou o URL tiver sido mal escrito.

É importante que estas páginas ajudem o utilizador a reencontrar o que procura:

  • Inclua uma caixa de pesquisa na página 404

  • Indique que a página procurada não foi encontrada

  • Use uma linguagem amigável

Novas janelas

Outro motivo para taxas de rejeição elevadas está relacionado com o que acontece quando o utilizador clica num link. Todos os links externos devem abrir numa nova aba, para que o utilizador possa ver novos conteúdos sem sair do seu site. É mais comum em blogs.

Felizmente, há plugins para isso. No Wordpress, pode configurar todos os links externos para abrirem numa nova aba. Outra opção: adicionar ‘target=”_blank”’ a todos os links externos.

Otimizar para mobile

Um design responsivo é obrigatório. Certifique-se de que o site se apresenta e funciona corretamente em todos os dispositivos — smartphones, tablets e computadores. O texto, as imagens e os botões devem redimensionar-se e reposicionar-se adequadamente. Opte por um menu simples e fácil de usar com o polegar. Considere menus retráteis ou ícones tipo hambúrguer, que poupam espaço sem perder funcionalidade.

Não se esqueça de otimizar imagens e conteúdos multimédia. Dispositivos móveis podem ter ligações lentas ou planos de dados limitados, por isso comprima as imagens, use carregamento diferido (lazy loading) e substitua vídeos pesados por alternativas leves sempre que possível.

Conteúdos relacionados

Outro ponto essencial para reduzir a taxa de rejeição é pensar em conteúdos relacionados que o utilizador possa apreciar. Artigos de blog costumam ter das taxas de rejeição mais elevadas, mas isso pode ser evitado. Ao tentar reduzir o número de visitas únicas a artigos, pode oferecer a informação de forma linear.

Pergunte-se: “Qual é o próximo passo lógico para este visitante?” Depois, guie-o até lá no final do artigo. Pode também fazê-lo no corpo do conteúdo, através de links internos. Por exemplo, ao longo deste mesmo artigo, vai encontrar várias expressões com link que permitem navegar para outros conteúdos.

Para além da taxa de rejeição: outras métricas chave de marketing digital

Para lá da taxa de rejeição, existe um universo de métricas de marketing digital a explorar.

1. Taxa de conversão

Mostra quantos visitantes executam a ação pretendida no seu site, seja comprar, subscrever a newsletter ou preencher um formulário.

2. Fontes de tráfego

Seja pesquisa orgânica, anúncios pagos, redes sociais ou referências de outros sites, conhecer a origem do tráfego ajuda a concentrar esforços onde há maior retorno.

3. Taxa de cliques (CTR)

Indica quantas pessoas clicam nos seus anúncios ou campanhas de email. Uma CTR alta significa que a sua mensagem está a funcionar; uma CTR baixa pode indicar que precisa de mudar a abordagem.

4. Custo por aquisição (CPA)

Mostra quanto custa adquirir um novo cliente ou lead. Comparando o CPA com o valor vitalício do cliente, pode avaliar a eficácia da estratégia.

5. Retorno sobre o investimento (ROI)

Mostra se o investimento em marketing está a gerar retorno positivo. Acompanhar receitas versus custos permite perceber o impacto das campanhas e onde alocar recursos.

6. Métricas de interação

Gostos, partilhas e comentários ajudam a perceber o envolvimento com o conteúdo. Monitorizar estas métricas permite ajustar os conteúdos ao que o público valoriza.

7. Valor vitalício do cliente (CLV)

Mostra quanto um cliente gera em receita ao longo do tempo. Saber este valor ajuda a definir estratégias de retenção e aumentar a rentabilidade a longo prazo.

8. Tráfego do site e visualizações de página

Mostra quantas pessoas visitam o site e quais as páginas com mais atenção. Esta informação permite otimizar percursos e melhorar o desempenho do conteúdo.

Pode considerar todas estas métricas úteis — mas como gerir e interpretá-las? Na Articulate, desenvolvemos uma app própria para ajudar marcas a simplificar o processo e aumentar o tráfego. A plataforma oferece uma visão completa das métricas e ferramentas de marketing digital – tudo num só espaço. Sem ter de saltar entre plataformas ou afogar-se em folhas de cálculo.

Permite uma visão global do desempenho, identifica áreas a melhorar e ajuda a tomar decisões baseadas em dados. Ao integrar o plano de comunicação e as oportunidades de melhoria num só local, pode alinhar o marketing com os objetivos do negócio e impulsionar o sucesso de forma transversal.

taxa de rejeição

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Articulate, a baixar a taxa de rejeição

Redatores experientes não se concentram obsessivamente em otimizar a taxa de rejeição. Em vez disso, dedicam-se a melhorar a experiência do utilizador. Quando isso acontece, o abandono diminui naturalmente. Quanto mais fácil for aceder ao seu conteúdo e mais relevante for para quem o visita, mais páginas essa pessoa vai explorar. Quer saber como criar esse efeito? Veja o nosso guia para escrever o artigo de blog perfeito.

Mas se essas taxas de rejeição já lhe estão a causar dores de cabeça, conte connosco. Na Articulate, ajudamos a transformar saídas rápidas em visitas mais longas. Temos as ferramentas e o know-how para manter os seus visitantes envolvidos — e com vontade de voltar. Pronto para trabalharmos juntos?

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